* Por Rogério Thomas
A partir desta quinta feira (13) a Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) passa a viver um clima interno de campanha. Está liberada a campanha das chapas inscritas para as eleições de reitor e vice e diretores e vices dos campus. A eleição acontece no dia 17 de setembro.
A Rede Sul de Noticias inicia uma série de entrevistas com os candidatos, ouvindo propostas e diretrizes para o mandato, caso sejam eleitos. O primeiro a ser ouvido nessa rodada é o atual reitor, Aldo Nelson Bona, que busca a reeleição.
RENOVAÇÃO
De acordo com Aldo Bona, a composição da chapa “Orgulho de ser Unicentro”, que tem Osmar Ambrosio como candidato a vice, foi amplamente discutida e pautada, principalmente, na renovação. “Nós entendemos que o momento é de renovar os nomes que estão nos campus. Apenas um nome dos atuais foi mantido e foi uma discussão democrática, onde todos os atuais diretores e vices que estiveram na eleição passada estão novamente conosco”.
O reitor destaca que o atual momento econômico brasileiro é de crise, que reflete diretamente nas instituições de ensino superior. “Nós estamos trabalhando para evoluir cada vez mais, e temos conseguido. Baste ver os números da Unicentro, que hoje está entre as melhores universidades do Brasil. Em 2012 a Unicentro apareceu na 50ª posição e em 2013, com dados divulgados em 2014, ela saltou 12 posições e hoje é a 33ª melhor universidade do Brasil. Isso é fruto de um amplo trabalho de toda a comunidade acadêmica, mas também reflete que os rumos definidos pela atual gestão estão certos”.
POSIÇÃO EQUILIBRADA
Na avaliação de Aldo Bona, ao longo dos anos em que está como reitor, seu trabalhado foi pautado na busca equilíbrio entre as relações com os poderes constituídos. “Administrar a Universidades requer boas relações, onde a posição pessoal tem que ser deixada de lado em favor do interesse da comunidade acadêmica. Não podemos nos curvar aos interesses de certos grupos específicos, nossa atuação tem que ser sempre maior, agindo com dureza nos momentos necessários, mas sempre prezando pela democracia. Com nosso trabalho chegamos à presidência da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) e à vice presidência da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem). Esses cargos foram fundamentais para a projeção que a Unicentro teve em nível nacional”.
DESCENTRALIZAÇÃO
Uma das propostas defendidas por Aldo Bona, que já está em prática no atual mandato, é a ampliação da descentralização administrativa e financeira, com destinação direta de recursos aos campi. “Nós já estamos aplicando essa sistemática, mas ela será ampliada. Além disso, vamos definir institucionalmente uma política de assistência estudantil. Atualmente uma equipe já está trabalhando na proposta, que é um projeto que vai atender os estudantes por muitos anos. Atualmente as medidas de assistência são paliativas e com essa política serão permanentes”.
CONCURSO
Aldo Bona não esconde uma certa frustração ao falar sobre a contratação de pessoal permanente para a Unicentro. “Essa é uma frustração, pois não conseguimos suprir de modo suficiente os cargos de servidores técnicos e administrativos. Neste domingo (16), será realizado um concurso para reposição de vagas de pessoas que se aposentaram ou se demitiram. Serão 18 novos contratados, mas o número ainda é muito abaixo da nossa necessidade. Vamos continuar buscando a realização de um concurso para suprir essa necessidade”.
Bona também apontou a continuidade dos processos de melhoria na qualidade de graduação, o estimulo à continuidade da verticalização institucional, com cursos de mestrado e doutorado, a continuidade no estimulo à capacitação do quadro de pessoal, a continuidade nas obras físicas, como propostas de campanha. “Um ponto que receberá constante atenção da reitoria e das diretorias será o combate constante à evasão escolar. Vamos instrumentalizar a Universidade com ferramentas que faças com que os acadêmicos não abandonem os cursos. Combater a evasão é meta prioritária”.
REELEIÇÃO
Aldo Bona comentou sobre criticas que está recebendo sobre sua candidatura à reeleição. “Fui oito anos vice reitor e estou completando quatro anos como reitor. Nunca usurpei o cargo. Meu nome sempre esteve para a apreciação da comunidade acadêmica e novamente assim está sendo. Estamos num momento de democracia e quem vai definir se o trabalho que estamos realizando está sendo bom e merece continuidade será a comunidade acadêmica. Estas criticas vazias não nos atingem, pois ocupamos o cargo legitimamente até hoje. Ao longo do meu trabalho, tenho construído as posições de equilíbrio com os poderes constituídos. Ao contrário dos sindicatos, não podemos defender apenas um lado, temos que administrar para o conjunto”, concluiu Bona.